Família Pereira
O primeiro registro de que se tem notícia do uso deste sobrenome é Dom Gonçalo Pereira, um rico e poderoso senhor português, que viveu no século XIII. Era neto de Gonzalo Rodrigues Frolaz, primeiro da família a migrar-se para Portugal, proveniente da Espanha. A formação do sobrenome é toponímica, ou seja, provém do nome do local de origem, a Quinta de Pereira, localizada em Vermoim, norte de Portugal, onde foi construído o solar da família. Os primitivos Pereiras estavam ligados à casa de Bragança, em Portugal. Foi seu solar, a Quinta de Pereira, aonde tomaram o apelido, junto ao rio Ave, em terra de Vermoim. A origem mais remota da família provém do conde de Forjaz Bermudez, sobrinho neto de Desidério, o último rei dos longobardos, da Itália.
No Brasil, o primeiro Pereira foi o donatário Francisco Pereira Coutinho, assassinado pelos índios tupinambás em Itaparica, em 1549. Dessa linhagem é a Vila do Pereira, primeira povoação da Bahia, que já estava praticamente abandonada, antes do Primeiro Governo Geral de Tomé de Souza. Conta-se que os Pereiras, descendentes desse donatário deixaram a região baiana por causa de conflitos de terra, rumaram em direção ao São Francisco e se dispersaram de Minas Gerais a Juazeiro da Bahia e se radicaram em Pernambuco nas regiõess de Petrolina, Lagoa Grande, Cabrobó, Flores, Serra Talhada, Salgueiro e Parnamirim, onde arrendaram terras da Casa da Torre e formaram Sítios, Fazendas, Vilas e cidades, onde até hoje mantêm relações amistosas com as famílias Alencar, Agra, Rodrigues, Carvalho, Costa, Correia, Mendonça e Sá. Entre seus descendentes está um dos mais importantes editores brasileiros, José Olympio Pereira Filho. Esse sobrenome também foi adotado por cristãos-novos. Dessa família Pereira consta na história do Brasil Colônia, que em 1606 chegou ao Brasil a degredada Ana Pereira, acusada de bigamia, outro ramo que também se instalou em Salvador, de onde partiu esse sobrenome. Os Pereira deixaram numerosa descendência e uma parte dela migrou para o Brasil, principalmente a partir da Bahia e do Rio de Janeiro, por volta do século XVII, e daí para várias outras partes do Brasil. Associada a esse sobrenome está a Vila dos Pereira na Bahia, a qual já existia antes da chegada de Tomé de Sousa, servindo como apoio para as levas de colonizadores que chegavam até quando iniciaram a construção da sede de Salvador. Encontra-se uma grande quantidade de grupos familiares que utilizam esse sobrenome em várias cidades mineiras. Os pesquisadores Virgílio Pereira de Almeida e Jorge da Cunha Pereira Filho, têm o sobrenome Pereira, mesmo não sendo da mesma origem, têm ampliado o acervo de informações sobre essa família. (Dicionário das Famílias Brasileiras, de Carlos Barata e Cunha ). No Rio Grande do Norte e no Ceará a família Pereira também se destaca desde o periodo das capitanias. A ocupação dos Pereira em Pernambuco está associada às atividades agropastoris, entretanto não cultivam peras como em Portugal, mas se dedicam ao cultivo de verduras e frutas regionais de clima quente, e participam de vaquejadas, feiras livres, vendas de couro e derivados da carne e também ao serviço público. Geralmente Pereira se relaciona por casamento ou negócios com as famílias Alencar, Rêgo, Agra, Freire, Nogueira, Sousa, Silva, Simões, Rodrigues, Ferreira, Carvalho, Sampaio, Miranda, Lopes e Lima.
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Djalmira Sá Almeida
Djalmira é pernambucana de Terra Nova- Pe. Aprendeu as primeiras letras na Fazenda Surubim. Estudou em Parnamirim - Pe de 1962 a 1972. Mudou-se para o Paraná aos 16 anos. Formou-se em Letras/Anglo em Cascavel-Pr. Possui Especialização, Mestrado e Doutorado em Filologia e Linguística de Língua Portuguesa. Aposentou-se como Professora da Universidade Estadual de Londrina - Paraná. Atualmente é Professora de Português e Inglês do IFPA-Campus de Itaituba -Pará. Escreve contos, artigos e poesias.
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quinta-feira, 21 de julho de 2011
ORIGEM DA FAMÍLIA ARAÚJO
Família Araújo
De acordo com os registros encontrados na Torre do Tombo em Portugal, Araúja tomou a forma masculina Araújo, por se referir frequentemente a homem, líder de uma família, geralmente ligados ao trabalho agropastoril de arar e umedecer a terra. Este apelido procede de Vasco Rodrigues de Araújo, na Galiza, no noroeste da Espanha de onde tomou o nome. Alguns genealogistas afirmam que esse Rodrigues Araújo vivera com seu pai nas gralheiras de Araújo, cujas terras herdara de sua mãe e que fora o fundador do castelo.
A origem desta família parte de um tronco português e tem diversos ramos na Espanha, na França e nas Américas: Azas, os Maias, o francês João Tiranoth. Em Portugal, Rodrigues Anes de Araújo casou-se com D. Maria Álvares de Aza, sua parenta, filha de D. Rodrigo Álvares de Aza e D. Maria Pires de Ambia. Desse Rodrigo Anes descenderam os Araújos da Galiza, onde foram senhores de muitos lugares, Vasco Rodrigues de Araújo, o qual era neto do primeiro Rodrigo Anes, que mudaram para Portugal, a cujos reis serviram e foram progenitores das famílias destes apelidos existentes no Minho ou desta província derivadas. Consta que os Araújos, alcaides-mores de Lindoso, usaram armas diversas, semelhante as dos Velosos, de acordo com a ocupação que assumiam em cada região em que abriam suas fazendas tanto em Pernambuco quanto no Piauí e Maranhão.
Em Genealogia pernambucana, Magno José de Sá Araújo afirma em sua pesquisa ser descendente de Manoel Lopes Diniz, um representante próximo dos Araújos, que foi arrendatário da Fazenda Panela D'Água e de quem descendem várias famílias de Pernambuco, tais como: Carvalho, Alves de Barros, Torres Barbosa, Nogueira de Barros, Valgueiro Barros, Torres Carvalho, Diniz Carvalho, Belfort, Sá, Nogueira, Ferraz Gominho, Souza, Leal, Fagundes, Alencar, Fonteles, Pereira, Moreira, Medeiros, Burgos e entre elas, a família Araújo, que se fixou, principalmente, em Belém do São Francisco, Floresta, Flores, Cabrobó e Salgueiro.
Conforme dados da genealogia dessa família, essas informações procedem, pois primeiramente, o principal representante dos Araújo veio no Governo de Mem de Sá, de quem era parente, inicialmente radicados no estado da Bahia e, posteriormente, no Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerias. Atualmente, os Araújos possuem descendentes em todo sudeste e nordeste, principalmente em Pernambuco, nas cidades de Petrolina, Santa Maria da Boa Vista, Belém do São Francisco, Cabrobó, Salgueiro, Exu, Olinda e Recife, cujos históricos dos museus dessas cidades evidenciam a presença dessa família Araújo em destaque na liderança regional, sempre associada à família Diniz.
Com as bandeiras e entradas dos paulistas nos sertões de Minas e Bahia, os Diniz e seus descendentes subiram as chapadas do Cariri e do Pajeú com prestígio entre os demais colonizadores, aliando-se geralmente aos Sá, Araújo, Pires e Carvalho, na maioria, cavalheiros defensores da religião católica e participantes de ordens de proteção da monarquia.
Djalmira Sá Almeida
Djalmira é pernambucana de Terra Nova- Pe. Aprendeu as primeiras letras na Fazenda Surubim. Estudou em Parnamirim - Pe de 1962 a 1972. Mudou-se para o Paraná aos 16 anos. Formou-se em Letras/Anglo em Cascavel-Pr. Possui Especialização, Mestrado e Doutorado em Filologia e Linguística de Língua Portuguesa. Aposentou-se como Professora da Universidade Estadual de Londrina - Paraná. Atualmente é Professora de Português e Inglês do IFPA-Campus de Itaituba -Pará. Escreve contos, artigos e poesias.
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De acordo com os registros encontrados na Torre do Tombo em Portugal, Araúja tomou a forma masculina Araújo, por se referir frequentemente a homem, líder de uma família, geralmente ligados ao trabalho agropastoril de arar e umedecer a terra. Este apelido procede de Vasco Rodrigues de Araújo, na Galiza, no noroeste da Espanha de onde tomou o nome. Alguns genealogistas afirmam que esse Rodrigues Araújo vivera com seu pai nas gralheiras de Araújo, cujas terras herdara de sua mãe e que fora o fundador do castelo.
A origem desta família parte de um tronco português e tem diversos ramos na Espanha, na França e nas Américas: Azas, os Maias, o francês João Tiranoth. Em Portugal, Rodrigues Anes de Araújo casou-se com D. Maria Álvares de Aza, sua parenta, filha de D. Rodrigo Álvares de Aza e D. Maria Pires de Ambia. Desse Rodrigo Anes descenderam os Araújos da Galiza, onde foram senhores de muitos lugares, Vasco Rodrigues de Araújo, o qual era neto do primeiro Rodrigo Anes, que mudaram para Portugal, a cujos reis serviram e foram progenitores das famílias destes apelidos existentes no Minho ou desta província derivadas. Consta que os Araújos, alcaides-mores de Lindoso, usaram armas diversas, semelhante as dos Velosos, de acordo com a ocupação que assumiam em cada região em que abriam suas fazendas tanto em Pernambuco quanto no Piauí e Maranhão.
Em Genealogia pernambucana, Magno José de Sá Araújo afirma em sua pesquisa ser descendente de Manoel Lopes Diniz, um representante próximo dos Araújos, que foi arrendatário da Fazenda Panela D'Água e de quem descendem várias famílias de Pernambuco, tais como: Carvalho, Alves de Barros, Torres Barbosa, Nogueira de Barros, Valgueiro Barros, Torres Carvalho, Diniz Carvalho, Belfort, Sá, Nogueira, Ferraz Gominho, Souza, Leal, Fagundes, Alencar, Fonteles, Pereira, Moreira, Medeiros, Burgos e entre elas, a família Araújo, que se fixou, principalmente, em Belém do São Francisco, Floresta, Flores, Cabrobó e Salgueiro.
Conforme dados da genealogia dessa família, essas informações procedem, pois primeiramente, o principal representante dos Araújo veio no Governo de Mem de Sá, de quem era parente, inicialmente radicados no estado da Bahia e, posteriormente, no Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerias. Atualmente, os Araújos possuem descendentes em todo sudeste e nordeste, principalmente em Pernambuco, nas cidades de Petrolina, Santa Maria da Boa Vista, Belém do São Francisco, Cabrobó, Salgueiro, Exu, Olinda e Recife, cujos históricos dos museus dessas cidades evidenciam a presença dessa família Araújo em destaque na liderança regional, sempre associada à família Diniz.
Com as bandeiras e entradas dos paulistas nos sertões de Minas e Bahia, os Diniz e seus descendentes subiram as chapadas do Cariri e do Pajeú com prestígio entre os demais colonizadores, aliando-se geralmente aos Sá, Araújo, Pires e Carvalho, na maioria, cavalheiros defensores da religião católica e participantes de ordens de proteção da monarquia.
Djalmira Sá Almeida
Djalmira é pernambucana de Terra Nova- Pe. Aprendeu as primeiras letras na Fazenda Surubim. Estudou em Parnamirim - Pe de 1962 a 1972. Mudou-se para o Paraná aos 16 anos. Formou-se em Letras/Anglo em Cascavel-Pr. Possui Especialização, Mestrado e Doutorado em Filologia e Linguística de Língua Portuguesa. Aposentou-se como Professora da Universidade Estadual de Londrina - Paraná. Atualmente é Professora de Português e Inglês do IFPA-Campus de Itaituba -Pará. Escreve contos, artigos e poesias.
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ORIGEM DA FAMÍLIA NEVES
Família Neves
Neves é um sobrenome português de origem cristã, desde a Idade Média, deriva da invocação de Nossa Senhora das Neves. Na Idade Média, muitas famílias de ascendência árabe adotavam sobrenome de origem religiosa portuguesa na esperança de protegerem suas famílias, atraindo assim bons fluidos e afirmando sua posição de católicos fervorosos perante a sociedade imperial da época. No Brasil, Jerônimo Ribeiro Neves, homem de negócio da praça do Rio de Janeiro, natural da Vila de Guimarães em Portugal, filho de José Ribeiro e de Domingas da Silva de Macedo, neto do lado paterno de Antonio Francisco Ribeiro e Antonia Nunes , Antonio Francisco Ribeiro e Margarida Gaspar Neves; e pela parte materna, bisneto de Domingos Gomes de Macedo e Domingas da Silva. Historiadores afirmam que membros dessa família vieram para o Brasil, no período do domínio de Portugal, dentre eles quatro irmãos que estabeleceram-se em Vila Rica (hoje, a cidade de Ouro Preto), em Minas Gerais. Um deles foi para o Rio de Janeiro; outro para São Paulo e outro para a Bahi. Essa familia se espalhou, mas manteve uma forte tradição em Minas Gerais, com destaque para o presidente Tancredo Neves. Silva Neves também é uma combinação desse sbrenome de uma antiga família estabelecida no Pará, procedente do Tenente Coronel Antônio da Silva Neves, de 1770 a1844, que deixou geração do seu casamento por volta de 1805, com Ana Benta de Lima. Seus descendentes foram aparentados com as famílias Perdigão, Seabra, Carneiro Junqueira, Amorim, Andrade, Reis Brazão, Figueira, etc. (Carlos Barata - Famílias do Pará, VIII, 68; XI, 368).
Em Pernambuco há Neves em todas as microrregiões, desde Recife a Salgueiro, Belém do São Francisco, Cabrobó, Terra Nova e Parnamirim. Antonio de Sá Neves era de Salgueiro, nasceu ainda no periodo da Monarquia, no final do século XIX, tinha toda a sua família na Fazenda Barra do Mororó, em Terra Nova e foi prefeito da antiga cidade de Leopoldina de 1930 a 1934, que hoje é Parnamirim. Antonio de Sá neves era filho de Ubaldo Raymundo de Sá, o Major Ubaldo, e Maria Umbelina de Carvalho e Sá (Dona Cota), sendo seus avós paternos Raimundo de Sá Araújo e Maria Alves de Carvalho e avós maternos Antonio de Sá Araújo Neves e Umbelina Maria da Conceição.
Há em Parnamirim pessoas com esse sobrenome em diversas atividades, principalmente em serviços públicos, tais como: saúde e educação. Dessa família Sá, consta em registros do cartório de Terra Nova no Livro 1, já do periodo da República o assento de nascimento de vários irmãos de Antonio de Sá Neves, nascidos na Fazenda da Barra do Mororó, em território pertencente à Vila de Terra Nova e Município de Leopoldina, são eles: Anna de Sá Neves, nascida a 07/01/1905, Florêncio de Sá Neves, nascido a 28/07/1906, Mariana de Sá Neves nascida em 28/0601908, Jerônimo de Sá Neves, nascido a 06/06/1910, Amelina de Sá Neves, nascida a 21/10/1912 e Elvira de Sá Neves, nascida a 13/04/1914. No cartório consta que todos foram registrados no mesmo dia, talvez devido às dificuldades de deslocamento, na época, da fazenda à vila mais próxima. (Ver cópias dos registros em anexos). São descendentes de Antonio de Sá Neves: Djanira de Sá Almeida (viúva de Severino Simões de Almeida) e Nelson de Sá Neves (da Timbaúba).
Ai
Djalmira Sá Almeida
Djalmira é pernambucana de Terra Nova- Pe. Aprendeu as primeiras letras na Fazenda Surubim. Estudou em Parnamirim - Pe de 1962 a 1972. Mudou-se para o Paraná aos 16 anos. Formou-se em Letras/Anglo em Cascavel-Pr. Possui Especialização, Mestrado e Doutorado em Filologia e Linguística de Língua Portuguesa. Aposentou-se como Professora da Univers
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Neves é um sobrenome português de origem cristã, desde a Idade Média, deriva da invocação de Nossa Senhora das Neves. Na Idade Média, muitas famílias de ascendência árabe adotavam sobrenome de origem religiosa portuguesa na esperança de protegerem suas famílias, atraindo assim bons fluidos e afirmando sua posição de católicos fervorosos perante a sociedade imperial da época. No Brasil, Jerônimo Ribeiro Neves, homem de negócio da praça do Rio de Janeiro, natural da Vila de Guimarães em Portugal, filho de José Ribeiro e de Domingas da Silva de Macedo, neto do lado paterno de Antonio Francisco Ribeiro e Antonia Nunes , Antonio Francisco Ribeiro e Margarida Gaspar Neves; e pela parte materna, bisneto de Domingos Gomes de Macedo e Domingas da Silva. Historiadores afirmam que membros dessa família vieram para o Brasil, no período do domínio de Portugal, dentre eles quatro irmãos que estabeleceram-se em Vila Rica (hoje, a cidade de Ouro Preto), em Minas Gerais. Um deles foi para o Rio de Janeiro; outro para São Paulo e outro para a Bahi. Essa familia se espalhou, mas manteve uma forte tradição em Minas Gerais, com destaque para o presidente Tancredo Neves. Silva Neves também é uma combinação desse sbrenome de uma antiga família estabelecida no Pará, procedente do Tenente Coronel Antônio da Silva Neves, de 1770 a1844, que deixou geração do seu casamento por volta de 1805, com Ana Benta de Lima. Seus descendentes foram aparentados com as famílias Perdigão, Seabra, Carneiro Junqueira, Amorim, Andrade, Reis Brazão, Figueira, etc. (Carlos Barata - Famílias do Pará, VIII, 68; XI, 368).
Em Pernambuco há Neves em todas as microrregiões, desde Recife a Salgueiro, Belém do São Francisco, Cabrobó, Terra Nova e Parnamirim. Antonio de Sá Neves era de Salgueiro, nasceu ainda no periodo da Monarquia, no final do século XIX, tinha toda a sua família na Fazenda Barra do Mororó, em Terra Nova e foi prefeito da antiga cidade de Leopoldina de 1930 a 1934, que hoje é Parnamirim. Antonio de Sá neves era filho de Ubaldo Raymundo de Sá, o Major Ubaldo, e Maria Umbelina de Carvalho e Sá (Dona Cota), sendo seus avós paternos Raimundo de Sá Araújo e Maria Alves de Carvalho e avós maternos Antonio de Sá Araújo Neves e Umbelina Maria da Conceição.
Há em Parnamirim pessoas com esse sobrenome em diversas atividades, principalmente em serviços públicos, tais como: saúde e educação. Dessa família Sá, consta em registros do cartório de Terra Nova no Livro 1, já do periodo da República o assento de nascimento de vários irmãos de Antonio de Sá Neves, nascidos na Fazenda da Barra do Mororó, em território pertencente à Vila de Terra Nova e Município de Leopoldina, são eles: Anna de Sá Neves, nascida a 07/01/1905, Florêncio de Sá Neves, nascido a 28/07/1906, Mariana de Sá Neves nascida em 28/0601908, Jerônimo de Sá Neves, nascido a 06/06/1910, Amelina de Sá Neves, nascida a 21/10/1912 e Elvira de Sá Neves, nascida a 13/04/1914. No cartório consta que todos foram registrados no mesmo dia, talvez devido às dificuldades de deslocamento, na época, da fazenda à vila mais próxima. (Ver cópias dos registros em anexos). São descendentes de Antonio de Sá Neves: Djanira de Sá Almeida (viúva de Severino Simões de Almeida) e Nelson de Sá Neves (da Timbaúba).
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Djalmira Sá Almeida
Djalmira é pernambucana de Terra Nova- Pe. Aprendeu as primeiras letras na Fazenda Surubim. Estudou em Parnamirim - Pe de 1962 a 1972. Mudou-se para o Paraná aos 16 anos. Formou-se em Letras/Anglo em Cascavel-Pr. Possui Especialização, Mestrado e Doutorado em Filologia e Linguística de Língua Portuguesa. Aposentou-se como Professora da Univers
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ORIGEM DA FAMÍLIA SÁ
Família Sá
Os detentores de Sá procedem de João Afonso de Sá, vassalo do rei D.Afonso IV e do rei D.João I, Senhor da Quinta de Sá, povoado existente no termo de Guimarães, onde é o solar deste sobrenome. Este apelido ‘Sá’ pertenceu à categoria de nomes que possuem origem habitacional, expressão usada para descrever aqueles nomes de famílias os quais tem sua origem no local de residência do portador inicial. Em alguns casos, tais nomes são derivados do nome da cidade ou região onde o portador original foi nascido ou residia. Na Europa medieval, antes que um sistema estruturado de sobre nomes fosse estabelecido, era prática comum o uso de um segundo nome, o qual servia como meio de distinguir pessoas que possuíam o mesmo nome de batismo. Com relação ao sobrenome Sá, derivado da Quinta de Sá, localizada no distrito de Guimarães, local de origem dessa família, uma das antigas referências a esse nome ou uma variante é o registro de João Rodrigues de Sá, nobre e militar português, falecido em 1390. Pesquisas continuam e esse nome pode ter sido documentado muito antes da data mencionada acima.
Portadores notáveis do sobrenome Sá foram, entre outros: João de Sá, descobridor português citado em 1497; Mem de Sá, nobre, conquistador e governador português no Brasil, falecido em 1572; Estácio de Sá, militar e conquistador português no Brasil, falecido em 1568; Salvador Correia de Sá (1594-1688), militar português que prestou grande serviço no Brasil e em Angola. Outra referência a este sobrenome é o registro de Ana Jovina de Sá, filha de José Caetano de Silva e Ana Perpétua de Sá, nascido em 1760, no Rio de Janeiro. As armas e o brasão dos Sá do Brasil foram concedidos já no Brasil pelas autoridades portuguesas por serviços prestados na colonização. O livro “Fazenda Panela D’Água - Genealogia dos séculos XVII-XX” de Marlindo Pires Leite (1994) traz dados sobre a família Sá afirmando que: “o principio desta família é bastante nebuloso, assim como a origem do apelido, que é da natureza geográfica e que uns autores definem como do solar a Quinta de Sá, no termo de Guimarães e outros assinalam em lugares diferentes.” Parece que da série de gerações que se podem dar como mais prováveis, o ascendente de maior antiguidade que se conhece é Rodrigo Anes de Sá, casado com D. Maria Rodrigues de Avelar, pais de Paio Rodrigues de Sá, que se diz ter vivido no reinado de D. Diniz e que era muito herdado no conselho de Latões.
Este foi filho de João Afonso de Sá, que é o maior dos genealogistas e que dá como o primeiro da família, contemporâneo de D. Afonso IV e de D. Pedro I, senhor da Quinta de Sá, no termo de Guimarães, casado com D. Teresa Rodrigues Barreto, de quem teve filhos que seguiram o apelido de Sá e continuaram a linhagem. É possível que se tenha originado várias famílias do mesmo apelido em quintas ou em lugares diversos, mas a que alcançou maior notoriedadef oi a família de João Afonso de Sá, porque se encontram na literatura portuguesa do período trovadoresco, onde a realidade se mistura à ficção, em que constam alusões à figura da cortesã Maria Peres de Saa (do alemão: lugar; do português: chácara, solar ou sítio), uma camponesa entre as várias mulheres cortejadas pelo rei vaqueiro Dom Diniz, ou rei trovador, a quem doou a Quinta de Sá do Distrito de Guimarães, com a qual teve vários filhos fora do casamento real, entre eles João Afonso de Sá. Vários com o mesmo nome aparecem na corte portuguesa, mas entre eles empre figura o de João Afonso de Sá, antecedente do cônego Gonçalo de Sá, pai de Mem de Sá, 3º Governador Geral do Brasil e de mais 12 filhos com mães diferentes. Mem de Sá vem para o Brasil e traz consigo vários primos e sobrinhos, entre eles: Estácio de Sá, Felipe de Sá, Eduardo de Sá, Fernão de Sá e Salvador Correia de Sá, Governador da Bahia e outras figuras de destaque na História do Brasil as quais tratava-as de sobrinhos. Conta-se que, por motivo do sobrenome real não poder aparecer, os filhos eram assumidos com o nome de origem geográfica dele, da toponímia do lugar onde moravam ou do apelido da mãe. No caso de Peres deu origem ao sobrenome Pires que, por serviços prestados e ter acesso à corte ganhou privilégios e brasão de armas da nobreza portuguesa, além de direito à Morgados, Colônias e Quintas e o convite real para seus descendentes colonizarem as terras do sertão do Brasil.
É comum genealogistas pesquisarem as origens das famílias em documentos reais, entretanto, pelos registros dos que emigraram de Portugal para o Brasil, desde o Governo Geral de Tome de Sousa, percebe-se que a idéia de nobreza, em termos de linhagem, é preciso ser afastada para todos os portugueses que vieram com o objetivo de colonizar. Embora as famílias colonizadoras fossem compostas de pessoas dotadas de firmeza e vontade de melhorar de vida, não há indícios de que, as que vieram para o Brasil tivessem origem totalmente nobre ou pertencessem a alguma dinastia. As que tinham brasão de família o conseguiam prestando serviços ao reino ou por descendência bastarda de fidalgos com cortesãs e auxiliaries que frequentavam as côrtes, tanto na Espanha quanto em Portugal. Além disso, eram provenientes de camponeses e, muito raro, de diplomatas, os quais vinham para continuar a trabalhar com a mesma ocupação com a qual a família já lidava em Portugal,pois a profissão na época também era hereditária.
Sobre a família Sá de Salgueiro conta-se o caso de Manuel de Sá, filho de José de Sá Araújo e de D. Maria Carvalho (Carvalha), nascido na fazenda Canabrava, do atual município de Belém do São Francisco – PE, então freguesia de Cabrobó, no inicio do século passado, que exerceu, segundo Antônio Araújo, a função de arrecadador de dizimo, desde jovem, por determinação da Igreja. Chegando à região de Jardim no Ceará, a serviço de sua missão, foi hospedar-se na casa do Tenente Antônio da Cruz Neves (Tonico), onde conheceu Quitéria da Cruz Neves. Casados vieram residir na fazenda Boa Vista, onde se dedicaram à criação de gado e à pequena agricultura.Seus filhos: Raimundo de Sá, Joaquim de Sá Araújo, Francisco de Sá, Mariana de Sá- de Belém, Antônio de Sá- do Cantinho e outros. Com a morte de Quitéria, Manoel de Sá casou-se em segunda núpcias com Cândida da Cruz Neves, filha de Tonico, sobrinha de Quitéria, de quem teve: João de Sá, Amâncio de Sá, de Terra Nova, D. Maria de Sá Neves, Donira, Generosa e Antônio de Sá.(Ver Genealogia da Panela D’Água, de Marlindo Pires).
De todos os seus filhos, destacou-se Raimundo de Sá, o menino que se perdeu na fazenda Boa Vista e foi encontrado, onde se acha hoje sua estátua. Esse fato levou quase ao desespero os seus pais que fizeram uma promessa com Santo Antônio,segundo a qual, se encontrasse seu filho com vida construiriam uma capela ao Santo e festejavam, por toda a vida. Assim surgiu Salgueiro, tendo como fundador Manuel Sá Araújo que construiu a capela e doou uma área de terreno para construir o patrimônio de Santo Antônio. Mas tarde, na idade adulta, Raimundo de Sá conseguiu em1864, a autonomia do município, tendo sido seu 1º Intendente, liderança equivalente a prefeito que conservou durante 32 anos. O outro filho que se sobressaiu foi Joaquim de Sá Araújo, o tenente Quincas, que, sabendo das atrocidades da Guerra do Paraguai contra o Brasil, incorporou-se a um contingente de voluntários e foi para a guerra, onde, brigou valentemente até a vitória final, voltando coberto de glórias, recebendo do imperador a Condecoração da Ordem das Rosas e com o título de Tenente.
Entretanto, são visíveis as relações entre as Famílias Alencar, Agra, Sá, Sampaio, Costa, Rodrigues, Silva, Correia, Rêgo, Sousa, Caetano e Pires (os antepassados eram vizinhos em Portugal, principalmente da Quinta de Sá, da Beira, e dos distritos portugueses de Guimarães, Santarém, Óbidos, Vigia e Viseu). Os Sá se associaram em Pernambuco aos sertanistas Caetanos Correias, Caetanos de Sousa e Sousa Mendonça, os quais saíram do Rio de Janeiro, percorreram Bahia e Minas e rumaram para o Norte do Brasil, especialmente para o Maranhão e Pará (Província do Grão –Pará), com os objetivos de amansar índios para escravizar e buscar negros fugidos com a estratégia de fazer indígenas entrar em combate com tribos rivais para desocuparem as terras, permitindo assim a formação de cidades, ou seja, possibilitando a colonização,acontecendo com os Cariri,Carijó eTruká o mesmo que ocorreu com os Tapajó de Santarém e os Parintintins do Amazonas que foram dizimados pelos bandeirantes e sertanistas da mílicia portuguesa e da Guarda Nacional com a ajuda dos Munduruku.
Outras famílias vinculadas aos Sá foram: Coelho, Sampaio, Correia e Costa que foram para o Nordeste, principalmente, Bahia, Piauí, Ceará, Paraíba e Pernambuco. A maioria deles abriu fazendas, instalou capelas e os que eram da Guarda Nacional criaram suas dinastias, currais eleitorais, redutos e povoações de mestiços, negros e índios, espaços que se transformaram em importantes cidades, como: Cabrobó, Salgueiro, Petrolina, Ouricuri, Parnamirim, Terra Nova, Lagoa Grande e Exu. É comum associar-se à família Sá, os Rodrigues, os Pereira, os Carvalhos, Os Pires, os Leites, os Duda e os Zuza, pois além de seus antepassados terem origem na mesma região campesina de Portugal também vieram para o Brasil pela mesma razão: participar da distribuição de áreas abandonadas pelos primeiros capitães portugueses, cujas medidas ocupacionais alcançavam espaços rurais dos sertões do norte e nordeste, com os mesmos objetivos de preservar a religião católica e dedicar-se a algum ofício necessário à formação de povoados, tais como: plantar, bater ferro, serrar madeira, curtir couro, fazer calçados, tecer, costurar, construir residências e manter a ordem e segurança nas sedes das fazendas, profissões essas motivadoras de alguns apelidos que se tornaram sobrenomes oficiais, tais como: os Rodrigues (operário das rodas de engenho), os Nogueira (cortadores de nó ou toras de lenha), Leite (ordenhadores), os Pereira (agricultores), os Pires ou Peres
Djalmira Sá Almeida
Djalmira é pernambucana de Terra Nova- Pe. Aprendeu as primeiras letras na Fazenda Surubim. Estudou em Parnamirim - Pe de 1962 a 1972. Mudou-se para o Paraná aos 16 anos. Formou-se em Letras/Anglo em Cascavel-Pr. Possui Especialização, Mestrado e Doutorado em Filologia e Linguística de Língua Portuguesa. Aposentou-se como Professora da Universidade Estadual de Londrina - Paraná. Atualmente é Professora de Português e Inglês do IFPA-Campus de Itaituba -Pará. Escreve contos, artigos e poesias.
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Os detentores de Sá procedem de João Afonso de Sá, vassalo do rei D.Afonso IV e do rei D.João I, Senhor da Quinta de Sá, povoado existente no termo de Guimarães, onde é o solar deste sobrenome. Este apelido ‘Sá’ pertenceu à categoria de nomes que possuem origem habitacional, expressão usada para descrever aqueles nomes de famílias os quais tem sua origem no local de residência do portador inicial. Em alguns casos, tais nomes são derivados do nome da cidade ou região onde o portador original foi nascido ou residia. Na Europa medieval, antes que um sistema estruturado de sobre nomes fosse estabelecido, era prática comum o uso de um segundo nome, o qual servia como meio de distinguir pessoas que possuíam o mesmo nome de batismo. Com relação ao sobrenome Sá, derivado da Quinta de Sá, localizada no distrito de Guimarães, local de origem dessa família, uma das antigas referências a esse nome ou uma variante é o registro de João Rodrigues de Sá, nobre e militar português, falecido em 1390. Pesquisas continuam e esse nome pode ter sido documentado muito antes da data mencionada acima.
Portadores notáveis do sobrenome Sá foram, entre outros: João de Sá, descobridor português citado em 1497; Mem de Sá, nobre, conquistador e governador português no Brasil, falecido em 1572; Estácio de Sá, militar e conquistador português no Brasil, falecido em 1568; Salvador Correia de Sá (1594-1688), militar português que prestou grande serviço no Brasil e em Angola. Outra referência a este sobrenome é o registro de Ana Jovina de Sá, filha de José Caetano de Silva e Ana Perpétua de Sá, nascido em 1760, no Rio de Janeiro. As armas e o brasão dos Sá do Brasil foram concedidos já no Brasil pelas autoridades portuguesas por serviços prestados na colonização. O livro “Fazenda Panela D’Água - Genealogia dos séculos XVII-XX” de Marlindo Pires Leite (1994) traz dados sobre a família Sá afirmando que: “o principio desta família é bastante nebuloso, assim como a origem do apelido, que é da natureza geográfica e que uns autores definem como do solar a Quinta de Sá, no termo de Guimarães e outros assinalam em lugares diferentes.” Parece que da série de gerações que se podem dar como mais prováveis, o ascendente de maior antiguidade que se conhece é Rodrigo Anes de Sá, casado com D. Maria Rodrigues de Avelar, pais de Paio Rodrigues de Sá, que se diz ter vivido no reinado de D. Diniz e que era muito herdado no conselho de Latões.
Este foi filho de João Afonso de Sá, que é o maior dos genealogistas e que dá como o primeiro da família, contemporâneo de D. Afonso IV e de D. Pedro I, senhor da Quinta de Sá, no termo de Guimarães, casado com D. Teresa Rodrigues Barreto, de quem teve filhos que seguiram o apelido de Sá e continuaram a linhagem. É possível que se tenha originado várias famílias do mesmo apelido em quintas ou em lugares diversos, mas a que alcançou maior notoriedadef oi a família de João Afonso de Sá, porque se encontram na literatura portuguesa do período trovadoresco, onde a realidade se mistura à ficção, em que constam alusões à figura da cortesã Maria Peres de Saa (do alemão: lugar; do português: chácara, solar ou sítio), uma camponesa entre as várias mulheres cortejadas pelo rei vaqueiro Dom Diniz, ou rei trovador, a quem doou a Quinta de Sá do Distrito de Guimarães, com a qual teve vários filhos fora do casamento real, entre eles João Afonso de Sá. Vários com o mesmo nome aparecem na corte portuguesa, mas entre eles empre figura o de João Afonso de Sá, antecedente do cônego Gonçalo de Sá, pai de Mem de Sá, 3º Governador Geral do Brasil e de mais 12 filhos com mães diferentes. Mem de Sá vem para o Brasil e traz consigo vários primos e sobrinhos, entre eles: Estácio de Sá, Felipe de Sá, Eduardo de Sá, Fernão de Sá e Salvador Correia de Sá, Governador da Bahia e outras figuras de destaque na História do Brasil as quais tratava-as de sobrinhos. Conta-se que, por motivo do sobrenome real não poder aparecer, os filhos eram assumidos com o nome de origem geográfica dele, da toponímia do lugar onde moravam ou do apelido da mãe. No caso de Peres deu origem ao sobrenome Pires que, por serviços prestados e ter acesso à corte ganhou privilégios e brasão de armas da nobreza portuguesa, além de direito à Morgados, Colônias e Quintas e o convite real para seus descendentes colonizarem as terras do sertão do Brasil.
É comum genealogistas pesquisarem as origens das famílias em documentos reais, entretanto, pelos registros dos que emigraram de Portugal para o Brasil, desde o Governo Geral de Tome de Sousa, percebe-se que a idéia de nobreza, em termos de linhagem, é preciso ser afastada para todos os portugueses que vieram com o objetivo de colonizar. Embora as famílias colonizadoras fossem compostas de pessoas dotadas de firmeza e vontade de melhorar de vida, não há indícios de que, as que vieram para o Brasil tivessem origem totalmente nobre ou pertencessem a alguma dinastia. As que tinham brasão de família o conseguiam prestando serviços ao reino ou por descendência bastarda de fidalgos com cortesãs e auxiliaries que frequentavam as côrtes, tanto na Espanha quanto em Portugal. Além disso, eram provenientes de camponeses e, muito raro, de diplomatas, os quais vinham para continuar a trabalhar com a mesma ocupação com a qual a família já lidava em Portugal,pois a profissão na época também era hereditária.
Sobre a família Sá de Salgueiro conta-se o caso de Manuel de Sá, filho de José de Sá Araújo e de D. Maria Carvalho (Carvalha), nascido na fazenda Canabrava, do atual município de Belém do São Francisco – PE, então freguesia de Cabrobó, no inicio do século passado, que exerceu, segundo Antônio Araújo, a função de arrecadador de dizimo, desde jovem, por determinação da Igreja. Chegando à região de Jardim no Ceará, a serviço de sua missão, foi hospedar-se na casa do Tenente Antônio da Cruz Neves (Tonico), onde conheceu Quitéria da Cruz Neves. Casados vieram residir na fazenda Boa Vista, onde se dedicaram à criação de gado e à pequena agricultura.Seus filhos: Raimundo de Sá, Joaquim de Sá Araújo, Francisco de Sá, Mariana de Sá- de Belém, Antônio de Sá- do Cantinho e outros. Com a morte de Quitéria, Manoel de Sá casou-se em segunda núpcias com Cândida da Cruz Neves, filha de Tonico, sobrinha de Quitéria, de quem teve: João de Sá, Amâncio de Sá, de Terra Nova, D. Maria de Sá Neves, Donira, Generosa e Antônio de Sá.(Ver Genealogia da Panela D’Água, de Marlindo Pires).
De todos os seus filhos, destacou-se Raimundo de Sá, o menino que se perdeu na fazenda Boa Vista e foi encontrado, onde se acha hoje sua estátua. Esse fato levou quase ao desespero os seus pais que fizeram uma promessa com Santo Antônio,segundo a qual, se encontrasse seu filho com vida construiriam uma capela ao Santo e festejavam, por toda a vida. Assim surgiu Salgueiro, tendo como fundador Manuel Sá Araújo que construiu a capela e doou uma área de terreno para construir o patrimônio de Santo Antônio. Mas tarde, na idade adulta, Raimundo de Sá conseguiu em1864, a autonomia do município, tendo sido seu 1º Intendente, liderança equivalente a prefeito que conservou durante 32 anos. O outro filho que se sobressaiu foi Joaquim de Sá Araújo, o tenente Quincas, que, sabendo das atrocidades da Guerra do Paraguai contra o Brasil, incorporou-se a um contingente de voluntários e foi para a guerra, onde, brigou valentemente até a vitória final, voltando coberto de glórias, recebendo do imperador a Condecoração da Ordem das Rosas e com o título de Tenente.
Entretanto, são visíveis as relações entre as Famílias Alencar, Agra, Sá, Sampaio, Costa, Rodrigues, Silva, Correia, Rêgo, Sousa, Caetano e Pires (os antepassados eram vizinhos em Portugal, principalmente da Quinta de Sá, da Beira, e dos distritos portugueses de Guimarães, Santarém, Óbidos, Vigia e Viseu). Os Sá se associaram em Pernambuco aos sertanistas Caetanos Correias, Caetanos de Sousa e Sousa Mendonça, os quais saíram do Rio de Janeiro, percorreram Bahia e Minas e rumaram para o Norte do Brasil, especialmente para o Maranhão e Pará (Província do Grão –Pará), com os objetivos de amansar índios para escravizar e buscar negros fugidos com a estratégia de fazer indígenas entrar em combate com tribos rivais para desocuparem as terras, permitindo assim a formação de cidades, ou seja, possibilitando a colonização,acontecendo com os Cariri,Carijó eTruká o mesmo que ocorreu com os Tapajó de Santarém e os Parintintins do Amazonas que foram dizimados pelos bandeirantes e sertanistas da mílicia portuguesa e da Guarda Nacional com a ajuda dos Munduruku.
Outras famílias vinculadas aos Sá foram: Coelho, Sampaio, Correia e Costa que foram para o Nordeste, principalmente, Bahia, Piauí, Ceará, Paraíba e Pernambuco. A maioria deles abriu fazendas, instalou capelas e os que eram da Guarda Nacional criaram suas dinastias, currais eleitorais, redutos e povoações de mestiços, negros e índios, espaços que se transformaram em importantes cidades, como: Cabrobó, Salgueiro, Petrolina, Ouricuri, Parnamirim, Terra Nova, Lagoa Grande e Exu. É comum associar-se à família Sá, os Rodrigues, os Pereira, os Carvalhos, Os Pires, os Leites, os Duda e os Zuza, pois além de seus antepassados terem origem na mesma região campesina de Portugal também vieram para o Brasil pela mesma razão: participar da distribuição de áreas abandonadas pelos primeiros capitães portugueses, cujas medidas ocupacionais alcançavam espaços rurais dos sertões do norte e nordeste, com os mesmos objetivos de preservar a religião católica e dedicar-se a algum ofício necessário à formação de povoados, tais como: plantar, bater ferro, serrar madeira, curtir couro, fazer calçados, tecer, costurar, construir residências e manter a ordem e segurança nas sedes das fazendas, profissões essas motivadoras de alguns apelidos que se tornaram sobrenomes oficiais, tais como: os Rodrigues (operário das rodas de engenho), os Nogueira (cortadores de nó ou toras de lenha), Leite (ordenhadores), os Pereira (agricultores), os Pires ou Peres
Djalmira Sá Almeida
Djalmira é pernambucana de Terra Nova- Pe. Aprendeu as primeiras letras na Fazenda Surubim. Estudou em Parnamirim - Pe de 1962 a 1972. Mudou-se para o Paraná aos 16 anos. Formou-se em Letras/Anglo em Cascavel-Pr. Possui Especialização, Mestrado e Doutorado em Filologia e Linguística de Língua Portuguesa. Aposentou-se como Professora da Universidade Estadual de Londrina - Paraná. Atualmente é Professora de Português e Inglês do IFPA-Campus de Itaituba -Pará. Escreve contos, artigos e poesias.
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